A insegurança na preparação para concursos

24/09/2017 - 13h33

Grave de uma vez por todas o que eu vou te dizer agora: todo mundo se sente inseguro na jornada de preparação para os concursos. Todo mundo, sem exceção. Quem não sente insegurança é porque não faz a menor noção da situação em que está vivendo.

Eu quis falar sobre isso porque sempre me perguntam se, durante os meus estudos, eu tinha aquela sensação de que estudava, estudava e não sabia nada. É claro que eu tive! E é justamente essa sensação que provoca uma insegurança danada e que, em muitas pessoas, leva à desistência do estudo.

Se você pegar todo o conteúdo que consta em um edital de uma prova da OAB, de um concurso para técnico, analista etc., você formará uma estante cheia de livros, com milhares de páginas. Ler tudo aquilo ali pelos livros mais bem elaborados e aprofundados demandará, provavelmente, anos. Seria preciso uma memória gigantesca para gravar tudo, o que, infelizmente, não temos. O que a gente estudou ontem já se perdeu, em parte, no nosso cérebro. Uma semana depois, só uma pequena porcentagem permanece viva em sua mente. Aí, claro, você sente um pânico gigantesco, o que é natural, especialmente sabendo que ainda há uma estante enorme à sua frente esperando pela leitura.

Não se aflija com isso. Como todo mundo passa por essa agonia, seu problema será compartilhado por todos e, por isso, não será mais um problema, já que todo mundo chegará à prova com retenção de apenas uma parte do que estudou e com a sensação de que não sabe nada.

O grande segredo, então, é não desistir. Primeiro, porque apenas uma pequena parte daquele conhecimento lá da estante, que representa o edital do concurso, será cobrado. Se você conseguir ter um bom domínio do que é mais cobrado (qualquer dia desses, falaremos sobre como descobrir os temas exigidos com mais frequência), isso, por si só, te colocará à frente da maioria dos candidatos. Se você fizer muitos exercícios, também terá uma vantagem, pois as questões feitas diariamente promovem um exercício constante de revisão no seu cérebro, algo importantíssimo para esse seu cérebro saber o que deve ser deixado lá nas profundezas e o que deve ser deixado um pouco mais perto da superfície. E, por fim, tenha em mente que, mesmo o que está nas tais profundezas que acabei de falar, de alguma forma te guiará na escolha entre a alternativa “a” e a “d” da questão, ou te ajudará na formulação do texto daquela dissertação.

Em resumo, não tenha medo de ter medo, não se sinta ainda mais inseguro por se sentir inseguro. Isso é natural. Sentir-se assim é sinal de que você está mergulhado em sua preparação para o concurso. Simplesmente continue em frente, estude de forma racional, inteligente, com constância e em um ritmo muito bom. Confie no seu cérebro, entenda os medos como algo natural e deixe que a prova venha. O que tiver que ser será.

Alexandre Henry

Professor e Juiz Federal




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