A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país acima de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década. O número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento de 230%, mais que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país.
WALSELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012. Atualização: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: www.mapadaviolencia.org.br. Acesso em: 8 jun. 2015.
A visão machista no Brasil
Destarte que ao longo do processo de formação do Estado brasileiro o pensamento machista consolidou-se e permaneceu forte. A mulher era vista, de maneira mais dispesável sendo completamente inferior ao homem, tendo seu direito ao voto conquistado apenas na década de 1930, com a chegada da Era Vargas. Com isso, surge uma forte onda de violência sobre o gênero feminino que persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela inaplicabilidade das leis, seja pela lenta mudança de mentalidade social.
É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com os mais antigos pensadores, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a agressão contra a mulher perdura não havendo qualquer harmonia, haja vista que, embora a Lei Maria da Penha tenha sido um grande progresso em relação à proteção feminina, ainda há brechas que permitem a ocorrência dos crimes, como muitas vítimas que deixam de efetivar a denúncia por serem intimidadas, instituições com condições precarias para investigações, muito desinteresse do Estado.
Destaca-se o machismo como impulsionador da violência contra a mulher. Portanto alguns doutrinadores tem nos ensinado que o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o preconceito de gênero pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que, seria um exemplo para á criança qie vive em uma família com esse comportamento, tende a adotá-lo também por conta da vivência em grupo. Assim, o fortalecimento do pensamento da exclusão feminina, transmitido de geração a geração, funciona como forte base dessa forma de agressão, agravando o problema no Brasil.
Entende-se, portanto, que a continuidade da violência contra a mulher nos dias atuais é fruto da ainda fraca eficácia das leis, da permanência do machismo como intenso fato social e o medo gerado pelo homem sobre suas vítimas. A fim de atenuar o problema, os Governos devem elaborar um plano de implementação de novas delegacias especializadas nessa forma de agressão com atendimentos efetivados por mulheres, aliado à esfera estadual e municipal do poder, principalmente nas áreas que mais necessitem, além de aplicar campanhas de cunho nacional para que juntos os meios de comunicação possam estímular à denúncia desses crimes. Dessa forma, poderia haver um equilíbrio no meio social, sendo esse fato social gradativamente minimizado no país.
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